No passado dia 1 de Maio a AAPCS – associação dos armadores de pesca local e artesanal do centro e sul, entregou, na sua sede, gratuitamente aos seus associados 11 jangadas de salvamento.

A entrega destes equipamentos enquadra-se numa candidatura ao Promar para a aquisição de equipamentos de segurança e faz parte de uma forte aposta da associação na segurança.

A iniciativa começou com o objetivo de tornar mais seguras as condições de trabalho dos pequenos armadores que andam sozinhos nas suas embarcações, e esta preocupação acabou por ser estendida a todas as embarcações, desde as locais às costeiras.

Para além destas jangadas, vão ser adquiridos coletes com radiobalizas portáteis incorporadas. A radiobaliza portátil, é pouco maior que um telemóvel, e fica presa no próprio colete de trabalho. É um equipamento que acionado informa via satélite a posição GPS. Normalmente as embarcações costeiras têm este equipamento (mas maior e dentro da cabine do barco), o qual dispara sozinho quando o barco afunda. O que temos vindo a perceber pelos exemplos recentes é que em naufrágio o local onde a embarcação afunda pode ser muito diferente do local onde os tripulantes ficam à deriva. Com estas radiobalizas portáteis presas ao colete, cada tripulante aciona a sua radiobaliza e indica a sua posição. Para além de localizar cada um, o pedido de ajuda é muito mais rápido, porque até o barco afundar completamente e acionar a posição demora muito mais tempo.

As jangadas entregues foram atribuídas a embarcações locais que não são obrigadas por lei a ter este equipamento, mas perceberam que o mesmo é uma mais valia para o seu dia a dia. 

Em simultâneo a esta candidatura foi feita uma candidatura para formação em primeiros socorros, combate a incêndios em embarcações e formação de segurança no trabalho.

Aguarda-se também aprovação de uma candidatura para entrega de 376 fatos de trabalho (calças e casacos em separado), impermeáveis, com revestimento térmico para minimizar os riscos de hipotermia em caso de queda ao mar, e com grau de flutuabilidade, o que em conjunto com o colete aumenta as possibilidades de sobrevivência em caso de naufrágio.

A concretização de todos estes projetos iniciou-se com a entrega das jangadas e serão realizados até ao fim deste ano. 

A associação espera desta forma contribuir para uma comunidade piscatória mais segura e dignificar a profissão de pescador.